BEM-VINDOS


1.APRESENTAÇÃO

Você encontrará neste blog as fotos de peças e de lâminas histológicas utilizadas nas aulas de Prática de Laboraório e também os slides das aulas teóricas do curso de medicina da Unifenas de Belo Horizonte. Os blocos abordados são: Síndromes Cardiológicas, Síndromes Respiratórias e Síndromes Digestórias. Lembramos que esgotar o assunto não é o objetivo deste material nem deve ser utilizado como única fonte de estudo, uma vez que, o assunto é amplo e deve alinhar-se com o conteúdo ministrado nas outras estratégias dos blocos.



2. APRENDA A UTILIZAR:

a) As lâminas e peças são seguidas por sua descrição. Primeiro você observa a foto e logo abaixo você confere a descrição referente à imagem.

b) Para visualizar melhor, basta clicar sobre as fotos e uma nova janela se abrirá em seu navegador.

c) As lâminas e peças foram postadas aproximadamente na ordem em que são estudadas em aula.

d) Os slides das aulas teóricas estão no fim do blog e para localizá-las com maior facilidade você pode utilizar os marcadores. Para baixá-las é necessario cadastrar-se ou então é possivel visualizá-los diretamente por este blog.

e) Para facilitar o uso, utilize nossos marcadores.

f) Este blog contém uma barra de pesquisas para facilitar a navegação.



3. AJUDE-NOS A MELHORAR:

Comente com seus professores e monitores sobre o conteúdo deste blog. Sugiram melhorias, diga o que deve mudar e o que deve continuar. Se você tem costume de fotografar as peças e lâminas durante a aula e as suas fotos ficarem com uma qualidade superior às postadas aqui, contribua! Procure um monitor ou poste um comentário e “doe-nos” sua imagem. Somente com a ajuda de vocês este blog ficará cada dia melhor e mais útil na complementação do estudo. Por último, divulgue este espaço aos seus colegas.

Discussão Casos Clínicos

CASOS CLÍNICOS - DISCUSSÃO
CASO 1
FSA, 37 anos, sexo feminino, tabagista há 20 anos, com história de DRGE crônico, e submetido a uma endoscopia através da qual realizou-se uma biópsia de seu estômago (detalhe na foto acima). Durante a endoscopia também observou-se áreas de coloração avermelhadas e um estreitamento da parte distal do esôfago. A complicação mais temida desta doença é sua evolução para Adenocarcinoma. Qual o provável DIAGNÓSTICO? Comente sua CAUSA.

Discussão de Casos Clínicos

CASOS CLÍNICOS - DISCUSSÃO
CASO 2
LRAM, 64 anos, relata forte sensação de asfixia principalmente ao deitar-se. Ao exame apresentou sibilos respiratórios e tosse. Sabe-se que apresenta HAS há 28 anos.
De acordo com os sintomas e a imagem vista ao exame histopatológico, qual o provável DIAGNÓSTICO e CAUSA?

Discussão Casos Clínicos

CASOS ClÍNICOS - DISCUSSÃO
Caso 3

JSS, 83 anos, sexo masculino, obeso, hipertenso, ex-tabagista (30 anos-maço) e com história prévia de revascularização miocárdica, chega ao pronto atendimento com fortes dores no peito que irradiam para o braço esquerdo. Ao exame apresenta falta de ar, agitação, confusão mental e medo da morte iminente. Recebeu atendimento porém vai a óbito em menos de 2 horas. Na autópsia foi colhido material para análise microscópica correspondente à foto acima.
Discuta sobre a possível CAUSA da morte deste paciente e quais os FATORES DE RISCO podem ter gerado este quadro clínico?
SÍNDROMES RESPIRATÓRIAS

PRÁTICA DE LABORATÓRIO 1 – Sistema Respiratório (DPOC e processos infecciosos)


Peça 1 – Antracose
• Órgão: Pulmão
• Descrição Macro: Superfície pulmonar externa e de corte contendo inúmeros pontos enegrecidos que correspondem a antracose. Nesta peça também observa-se uma região de aspecto esponjoso que corresponde a área de Enfisema Pulmonar e outra de coloração escura que corresponde a Infarto Pulmonar (êmbolo na foto).




Lâmina 7: Antracose
• Órgão: Pulmão
• Coloração: H.E.
• Descrição Micro: observa-se áreas de parênquima pulmonar preservadas com alvéolos aerados e áreas enegrecidas onde ocorrem pigmentos escuros no interior de macrófagos que correspondem à Antracose.




Lâmina 81: Pneumonia Lobar
• Órgão: Pulmão
• Coloração: H.E.
• Descrição Micro: observa-se áreas com septos alveolares preservados e áreas com intenso infiltrado inflamatório polimorfonuclear alveolar e intersticial. Há áreas de congestão e presença de fibrina.
• Etiopatogenia: Infecção causada principalmente pelo Pneumococo em que há acometimento com padrão homogêneo de todo lobo pulmonar acometido levando a substituição do ar dos alvéolos e sacos alveolares por exudato inflamatório. Se não tratada, evolui em 4 fases:

  1. Inicial ou de Congestão: congestão intensa dos capilares septais e edema, poucas células de defesa e numerosas bactérias;
  2. Hepatização Vermelha: lobo acometido cheio de exudato inflamatório, fibrina e bactérias adquirindo consistência semelhante à do fígado;
  3. Hepatização Cinzenta: predomínio dos leucócitos e fibrina nos alvéolos com redução da congestão e desaparecimento das bactérias;
  4. Resolução.

• Fase observada na lâmina: Hepatização Vermelha


Lâmina 76: Necrose caseosa
• Órgão: Linfonodo
• Coloração: H.E.
• Descrição Micro: observa-se uma lesão necrótica formando massas homogêneas, acidófilas, contendo células com núcleos picnóticos e fragmentos celulares e nucleares (cariorrexe) perdendo seus contornos e detalhes estruturais. Observa-se também a presença de células gigantes e multinucleares (gigantócitos) na periferia do órgão formando granulomas.

• Etiopatogenia: Este tipo de necrose é bastante comum nos casos de Tuberculose e parecem decorrer de mecanismos imunitários envolvendo macrófagos e células T sensibilizadas que produzem produtos citotóxicos e Linfotoxinas, responsáveis pela destruição celular.



PRÁTICA DE LABORATÓRIO 2 – Sistema Respiratório (Alterações vasculares e circulatórias)


Lâmina 33: Embolia pulmonar gordurosa
• Órgão: Pulmão
• Coloração: H.E.
• Descrição Micro: Nesta lâmina há preservação dos alvéolos e septos alveolares e observa-se a presença de êmbolos gordurosos no interior de vasos obstruindo-os.

• Etiopatogenia: A formação de êmbolos gordurosos geralmente ocorre em pacientes politraumatizados em que ocorre esmagamento ósseo e/ou de tecido adiposo (Crush Syndrome) que entra na corrente sanguínea a partir de veias profundas e seguem para os pulmões onde ocorre um estreitamento progressivo à medida que se aproxima do território alveolar e leva a impactação e consequente obstrução ao fluxo sanguíneo. Embolos também podem derivar de bolhas de gás, corpos estranhos (principalmente em usuários de drogas injetáveis), líquido amniótico (geralmente após parto prolongado) e células neoplasicas em pacientes com tumores malignos generalizados.


Lâmina 57: Infarto pulmonar
• Órgão: Pulmão
• Coloração: H.E.
• Descrição Micro: Nesta lâmina observa-se, na área de necrose do parênquima pulmonar, algumas estruturas “fantasmas” dos alvéolos, vasos e brônquios. Na região periférica observa-se a presença de hemorragia e congestão. Em fases mais avançadas estão presentes macrófagos com pigmentos hemossiderínicos.
• Etiopatogenia: Os infartos pulmonares são quase sempre hemorrágicos devido a sua dupla circulação conferir proteção ao órgão; por este motivo a oclusão de um pequeno ramo da artéria pulmonar geralmente não causa grandes consequências ao parênquima pulmonar.


Lâmina 31: Edema pulmonar
• Órgão: Pulmão
• Coloração: H.E.
• Descrição Micro: Nesta lâmina observa-se septos alveolares e alvéolos integros e aerados; em outros alvéolos observa-se material hialino eosinofílico preenchendo a luz alveolar. Estão presentes também macrófagos com pigmentos hemossíderinico.
• Etiopatogenia: O edema pulmonar decorre de vários fatores que levam a quebra da manutenção do equilíbrio adequado do balanço de fluidos através da barreira alvéolo capilar levando ao acúmulo de líquidos intra-alveolar.

As principais causas são:

a) Cardiogênico ou hidrostático

b) Por aumento da permeabilidade da barreira alvéolo-capilar

c) Por diminuição da pressão intersticial dos pulmões

d) Neurogênico

Vale ressaltar que em muitos casos dois ou mais fatores podem estar associados.


Lâmina 48: Hemorragia pulmonar
• Órgão: Pulmão
• Coloração: H.E.
• Descrição Micro: Nesta lâmina os septos alveolares e alvéolos estão preservados, estando alguns aerados e outros repletos de hemácias no seu interior. Observa-se também macrófagos com pigmento hemossiderínico.



Peça 1: Enfisema pulmonar + Antracose
• Órgão: Pulmão
• Descrição Macro: Nesta peça observa-se superfície pulmonar repleta de inúmeros pontos enegrecidos sugestivos de antracose. Na região apical observa-se que o parênquima pulmonar apresenta aspecto “esponjoso” com inúmeras “bolhas” visíveis na superfície do órgão.
• Etiopatogenia: O enfisema pulmonar decorre da destruição dos septos alveolares devido ao desbalanço entre proteases e antiproteases, com predomínio da ação das primeiras que são originárias de células de defesa como macrófagos e neutrófilos. Em fumantes os macrófagos alveolares se acumulam nas regiões centroacinares que são os locais preferenciais da lesão enfisematosa, predispondo a este tipo de lesão.


PRÁTICA DE LABORATÓRIO 3 – Sistema respiratório (Neoplasias)



Lâmina 16: Carcinoma broncogênico (oat cell)
• Órgão: Pulmão
• Coloração: H.E.
• Descrição Micro: Nesta lâmina há infiltrado de células pequenas e uniformes com citoplasma escasso e núcleo denso, redondo ou oval; não apresentam arranjo definido. Observa-se também núcleos picnóticos e figuras de mitose.
• Etiopatogenia: Tem grande associação com o tabagismo; é altamente maligno e de pior prognóstico entre os tumores pulmonares. Frequentemente ocorrem metástases, sobretudo na medula óssea além de resultar em diversas manifestações paraneoplásicas.



Lâmina 98: Carcinoma de grandes células
• Órgão: Pulmão
• Coloração: H.E.
• Descrição Micro: Observa-se infiltrado de células neoplásicas de citoplasma abundante e com núcleos grandes e centrais com formas que variam de oval a poligonal com nucléolo evidente. A relação núcleo-citoplasma é a mais alta entre as neoplasias pulmonares. Há formação de ninhos de células separadas por escasso tecido conjuntivo.

SÍNDROMES CARDIOLÓGICAS

PRÁTICA DE LABORATÓRIO 1 – Sistema Cardiovascular

Lâmina 11: Aterosclerose
• Órgão: artéria
• Coloração: Gomori
• Vaso arterial apresentando as camadas íntima, média e adventícia
• Placa ateromatosa na íntima, sem hemorragia ou calcificação
• Presença de células espumosas, musculares lisas e fibroblastos
• Acúmulo de lipídios
• Cristais de colesterol
• Fibrina (corada em verde)
• Placa tipo IV


Lâmina 12: Aterosclerose + Trombose
• Órgão: artéria
• Coloração: Gomori
• Vaso arterial apresentando as camadas íntima, média e adventícia
• Placa ateromatosa com sangramento intra-placa
• Trombo obstruindo totalmente a luz do vaso
• Trombo: massa amorfa hialina formada por plaquetas, fibrina e áreas de neovascularização



Peça 1: Segmento de aorta com aterosclerose
• Placas ateroscleróticas na íntima do vaso
• Algumas em forma ovalada e outras alongadas e coalescentes
• Projeção no lúmen do vaso
• Placa aterosclerótica tipo IV


Peça 2: Segmento do arco da artéria aorta com aterosclerose
• Estrias lipídicas tênues e amareladas na íntima do vaso
• Planas e bem delimitadas
• Acompanha o eixo dos vasos
• Placa tipo II




Peça 3 : Segmento da base da artéria aorta com aterosclerose
• Placa aterosclerótica endurecida e fibrosada
• Ausência de hemorragia, calcificação e trombose
• Placa formada por fibroblastos, musculatura lisa, contendo pequenos depósitos lipídicos
• Placa aterosclerótica tipo V



PRÁTICA DE LABORATÓRIO 2 – Cardiomiopatias, miocardites e cardiopatias


Lâmina 53: Hipertrofia miocárdica
• Órgão: Coração
• Coloração: H.E.
• Fibras miocárdicas hipertrofiadas
• Ausência de infiltrado inflamatório
• Tecido conjuntivo entre as fibras miocárdicas


Lâmina 28: Miocardite chagásica aguda
• Órgão: Coração
• Coloração: H.E.
• Ausência de hipertrofia miocárdica
• Infiltrado inflamatório de polimorfonucleares
• Ninhos de amastigotas
• Blefaroplastos


Lâmina 29: Miocardite chagásica crônica
• Órgão: Coração
• Coloração: H.E.
• Fibras cardíacas hipertrofiadas
• Fibrose intersticial
• Infiltrado inflamatório de mononucleares
• Ausência de ninhos de amastigotas



Peça 1: Coração com hipertrofia miocárdica
• Hipertrofia dos ventrículos direito e do esquerdo
• Diminuição do lúmen do ventrículo esquerdo



Peça 2: Coração com hipertrofia miocárdica
• Hipertrofia do ventrículo esquerdo
• Áreas esbranquiçadas no miocárdico, sugerindo isquemia
• Diminuição do lúmen do ventrículo esquerdo
• Desvio do septo interventricular para a direita




Peça 3: Coração com miocardiopatia dilatada
• Coração aumentado de tamanho
• Ventrículo esquerdo dilatado
• Parede miocárdica mais delgada




Peça 4: Coração “obeso”
• Coração aumentado e recoberto por grande quantidade de gordura




PRÁTICA DE LABORATÓRIO 3 – Valvopatias e cardiopatia reumática

NÃO HÁ LÂMINAS E PEÇAS PARA ESTA AULA
SÍNDROMES DIGESTÓRIAS

PRÁTICA DE LABORATÓRIO 1 – Introdução à anatomia patológica e doenças do esôfago

Peça 1: Tumor esofágico
• Identificar as regiões (cárdia e corpo)
• Lesão vegetante e infiltrativa na luz do órgão




Peça 2: Varizes esofágicas
• Cordões azulados dilatados na porção distal do esôfago
• Varizes colabadas à necropsia



PRÁTICA DE LABORATÓRIO 2 – Doenças do Estômago



Lâmina 101: Úlcera péptica
• Órgão: Estômago
• Coloração: H.E.
• Lesão ulcerada no epitélio
• Tecido necrótico do tipo fibrinóide
• Exsudato inflamatório neutrofílico
• Tecido de granulação pouco evidente
• Tecido fibroso cicatricial


Lâmina 3: Adenocarcinoma gástrico
• Órgão: Estômago
• Coloração: H.E.
• Presença de metaplasia intestinal
• Células tumorais formando glândulas, massas sólidas ou estruturas polarizadas



Peça 1: Gastrite atrófica tipo A
• Órgão: Estômago
• Diminuição da espessura e do pregueamento do corpo gástrico
• Vasos da submucosa de aspecto azulado


Peça 2 – Úlcera péptica duodenal
• Lesão ulcerada na mucosa duodenal
• Bem delimitada
• Representa uma complicação: Perfuração


PRÁTICA DE LABORATÓRIO 3 – Doenças do fígado, vias biliares, vesícula e pâncreas

Lâmina 38: Esteatose hepática
• Órgão: Fígado
• Coloração: H.E.
• Hepatócitos com deposição de gordura em seu citoplasma
• Lipossomos



Lâmina 37: Esquistossomose hepática
• Órgão: Fígado
• Coloração: Gomori
• Presença de feixes de tecido conjuntivo periportal
• Granulomas com resquícios de ovos de Schistosoma mansoni em seu interior
• Células de Kupfer com pigmento esquistossomótico
• Arquitetura hepática preservada


Lâmina 70: Metástase hepática de adenocarcinoma
• Órgão: Fígado
• Coloração: H.E.
• Áreas com formações glandulares entre os hepatócitos



Lâmina 22: Colecistite e colesterolose
• Órgão: Vesícula biliar
• Coloração: H.E.
• Presença de áreas de edema
• Presença de congestão
• Deposição de fibrina
• Infiltrado inflamatório
• Presença de cristais de colesterol



Peça 1: Cirrose hepática
• Superfície nodular [micro (foto 1)/macro nodular (foto 2)]
• Nódulos de tamanhos diferentes
• Subversão da arquitetura dos lóbulos


PRÁTICA DE LABORATÓRIO 4 – Doenças do intestino grosso e intestino delgado

Lâmina 4: Adenocarcinoma intestinal
• Órgão: Intestino grosso
• Coloração: H.E.
• Presença de glândulas neoplásicas revestidas por epitélio atípico



Lâmina 8: Apendicite aguda
• Órgão: Apêndice cecal
• Coloração: H.E.
• Presença de congestão
• Presença de edema
• Presença de exsudato de células inflamatórias do tipo polimorfonucleares



Peça 1: Intestino isquêmico:
• Segmento de intestino medindo ± 30cm
• Área de isquemia com perda da característica histológica
• Área de necrose e de hemorragia



Peça 2: Tumor no reto
• Peça de reto
• Lesão tumoral pólipo-infiltrativa
• Superfície da lesão é friável
• Tipo histológico: Adenocarcinoma